Atualmente o profissional do curso de serviço social ainda que seja regulamentado com uma profissão liberal, abrindo possibilidades para uma atividade autônoma - o assistente social é um trabalhador assalariado, podendo trabalhar em diversas áreas, como nos poderes governamentais, nas empresas privadas, entidades filantrópicas e Ong´s não governamentais. O assistente social durante a realização de suas atividades visto como força de trabalho fica a disponibilidade do empregador, podendo este ter o direito de usufruir dentro dos objetivos da instituição empregadora. Sendo assim o profissional nessa situação ganha autonomia para realização de suas ações, dando ênfase na sua própria alternativa e formas de realização do seu trabalho. Assim, esse mesmo trabalho pode ter o seu sentido redirecionado para rumos voltados a efetivação dos direitos sociais, a construção de uma cultura do público e ao exercício de práticas democráticas. A possibilidade dessa mudança de direção deriva do próprio caráter contraditório das relações sociais, que formam a moderna sociedade burguesa: nela encontram-se interesses sociais diferentes e distintos, que se produzem no terreno institucional, definindo forças sócio-políticas em luta por supremacia, para estabelecer consensos de classes e alianças em torno do mesmo (IAMAMOTO E CARVALHO, 1982).
Explica-se, assim, o caráter político do trabalho do assistente social: política no sentido de Gramsci, enquanto transição do momento econômico ao ético-politico, isto é, da esfera da necessidade á da liberdade, que dá origem a novas iniciativas (COUTINHO, 1989).
A atividade do assistente social ocorre tanto em empresas capitalista, movida pela lógica da lucratividade, como em organismos estatais ou privados que prestam serviços públicos, movidos por objetivos sócio-políticos e não lucrativos.
Os processos de trabalho, dos quais participa vêm sendo profundamente atingidos pelas mudanças operadas, tanto nas esferas da produção, quanto na do estado.Em primeiro lugar,são introduzidas novas mediações históricas na produção da questão social-materia –prima do assistente social - em suas múltiplas expressões e vivencia pelos indivíduos sociais,por exemplo,o crescimento do pauperismo;da violência,da luta pela terra na busca de produção de meios de vida.Aquelas novas condições sociais,aliadas ao protagonismo dos sujeitos,contribuem para moldar as formas de fazer frente á questão social,tendo como tônica a subserviência ou inconformismo,resistência e rebeldia ante as relações de poder e exclusão econômica,política e cultura,construindo lutas e movimentos sociais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário